O atrito é o principal inimigo das nossas cordas
Alguns cuidados e formas de gerenciamento de atrito
A fricção contra as rochas
Quando escolhemos um ponto de ancoragem, devemos ter em mente o posicionamento da nossa corda, devemos ter cuidado na escolha de pontos onde não existam atritos, onde a corda passe livre.
Esse é o ideal, mas como esportistas sabemos que nem sempre é possível.
Quando não for possível o posicionamento ideal, devemos buscar algumas alternativas para minimizar os danos como:
- Fracionamentos
- Desvios
- Protetor de corda
- Rapel guiado
- Debrear ou recuperar corda
- Entre outros
Fracionamentos
Prática muito comum e difundida por espeleólogos que necessitam fazer ascensão para a saída das cavidades, o fracionamento de um vertical pode livrar completamente o atrito ou atenuá-lo.
Uma ascensão longa realiza com a corda em atrito contra as pedras, pode ocasionar o rompimento da corda, por conta do efeito sanfona (ioiô) fruto do procedimento de subida.
Desvios
Um ponto de desvio pode mudar completamente o posicionamento da corda, mudando a direção do rapel.
Porém devemos ter em mente a angulação proporcionada pelo desvio, ângulos maiores podem sobrecarregar a ancoragem do desvio que normalmente são mais frágeis.
Protetor de corda
Um protetor de corda nada mais é do que uma capa que vai receber o atrito no lugar da corda, deve ser posicionada e fixa por algum mecanismo.
Um macete que pode dar agilidade é ao invés de se remover e recolocar a capa a toda nova descida, quando possível puxe a capa para cima e faça o encordoamento abaixo dela, depois é só desliza-la até o local correto.
Rapel Guiado
Quando realizaremos várias descidas no mesmo local o rapel guiado pode ser uma boa opção.
Consiste na conexão de uma corda guia a um dos longes da cadeirinha, fazendo com que a descida seja guiada até o local desejado.
Debrear ou recuperar corda
Em alguns locais, todos os outros métodos citados acima não são viáveis, nesses casos devemos optar pelo gerenciamento de atrito propriamente dito.
A cada descida nós debreamos, ou recolhemos uma quantidade de corda, fazendo com que os pontos atritados mudem de posição. Apesar de não ser completamente eficiente, isso reduz consideravelmente os danos sofridos.
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